Hoje publicamos na integra a Carta Aberta divulgada pelos medidores de provas de estrada João Cândido e João Freire, a situação será alvo de analise em breve.
CARTA ABERTA À FEDERAÇÃO PORTUGUESA DE ATLETISMO
Os Medidores Grau B certificados pela WORD ATHLETICS/AIMS António Freire e João Cândido, vêm a público demonstrar a sua indignação perante a falta de compromisso da Federação Portuguesa de Atletismo na pessoa do Vice-Presidente Paulo Bernardo, em não pôr em prática o que ficou acordado na formação para medidores de provas de estrada realizada em pombal nos dias 4 e 5 de fevereiro, onde estiveram presentes vinte e sete formandos tendo servido apenas para que os membros participantes tomassem conhecimento com a teoria, com as regras, algumas técnicas a utilizar numa medição e que pudessem praticar um pouco esses conhecimentos.
Foi-nos comunicado após esta formação que, os supostos medidores estagiários efetuariam um determinado número de medições em contexto
de estágio, acompanhando-nos em medições que efetuássemos, tal como connosco aconteceu após a formação inicial para medidores de provas de estrada efetuada em Portugal no dia 02 de novembro de 2013 e cujo formador foi o administrador responsável na área das medições para a Europa e África, Sr. Jean François Delasalle, sendo por ele sugerido também agora e após nossa consulta que, o mesmo processo fosse
realizado nesta formação que lecionámos, pois, considera ele que, é uma condição essencial na aquisição de conhecimentos óbvios no que diz respeito à prática na área da medição propriamente dita.
Até à data de hoje, só seis estagiários compareceram nos acompanhamentos das medições por nós efetuadas, sendo que apenas dois deles realizaram dois acompanhamentos na medição de um circuito de marcha de 1000m o que é sobejamente insuficiente para aquisição de conhecimentos práticos. Os outros quatro elementos, efetuaram apenas um acompanhamento.
Relembramos a FPA de que nos foi exigido que, após a conclusão da nossa formação em 2013, efetuássemos vinte e cinco medições em contexto de estágio durante quase dois anos em regime de acompanhamento ao medidor João Antunes agora retirado. Após o acompanhamento que efetuamos nessas vinte e cinco medições e quando nos sentimos verdadeiramente capazes de o fazer, efetuamos um teste em que consistiu em efetuar uma medição de uma meia maratona com a supervisão do referido medidor João Antunes, sendo esta já em contexto de uma medição oficial com a presença da GNR e respetivo organizador.
Elaboramos também o nosso primeiro relatório de medição. Após esta avaliação “medição teste” que efetuámos com a supervisão do referido medidor orientador, fomos considerados aptos para iniciarmos sozinhos o percurso de um medidor NACIONAL. Mesmo assim, podemos afirmar sem qualquer sentimento de pudor que, na nossa primeira medição oficial que efetuámos sozinhos, sentimos as dificuldades naturais e inerentes de quem não possuía à data a experiência total em determinadas situações.
Passaram-se seis meses desde a ação inicial que efetuamos para os novos medidores, e entristece-nos muito dizer que, temos vindo a perder tempo precioso para que os formandos que realmente têm a disponibilidade e querem ser medidores, adquiram os conhecimentos necessários. Se nos tivessem ouvido logo desde o início, provavelmente já teríamos alguém bem preparado para efetuar o tal teste que será uma condição mais que importante para se perceber se efetivamente poderá efetuar uma medição sozinho, sem que, esta seja inviabilizada por erros ou outras lacunas, o que seria muito grave.
Tomámos conhecimento que a European Athletics, vai realizar em Bracciano - Itália, de 23 a 27 outubro 2023, um curso com o objetivo de classificar medidores nacionais - Grau C (que não existe nenhum em Portugal) em medidores internacionais Grau B, existindo também a possibilidade de formar medidores nacionais sendo que, nas palavras do Sr. Jean François Delasalle, “In my opinion your 6 new portugueses measurers have no suffisant experience to become international WA measurer. For this level it s necessary to have a minimum of 10 or 20 measurement reports. If one of them come to the Italy seminar he have a
minimum chance to be promote to B grade. At the momernt they are « local measurers » with only a theorical knowledge.
”Se a Federação Portuguesa de Atletismo pretende classificar urgentemente medidores estagiários em Portugal para Grau Regional ou Nacional, porque é que os mesmos não se propuseram até agora e conforme o estipulado e mencionado por vós aquando da formação inicial, a um teste prático e teórico quando se sentissem preparados e assim seriam "promovidos” a medidores regionais ou nacionais, se obtivessem o devido aproveitamento.
Consideramos que não será necessário ir para Itália GASTAR DINHEIRO para obter o grau regional ou nacional, pois, também, segundo informação obtida, sendo nós Medidores Grau B certificados pela WORD ATHLETICS/AIMS, poderíamos efetuar essa classificação se os formados se sentissem preparados para tal, assim como aconteceu na nossa formação para o Grau Nacional.
Parece que, para a FPA já não servimos para avaliar, só servimos para transmitir os conhecimentos iniciais na data que necessitavam.
Tal como acontece em Portugal nos percursos para Juízes, Oficiais Técnicos, Árbitros, Diretores Técnicos, Treinadores, etc., etc., também sucedeu connosco na nossa evolução como medidores, existindo um processo natural de formação, de estágio durante um determinado número de dias, aquisição de conhecimentos, muita prática e depois sim, vem o resto que é, a denominada promoção ou graduação.
Não nos parece que nesta situação de formar medidores, seja muito diferente. Poderá sim, estar a tentar ser feita nestes moldes, por conveniência própria da FPA.
Posto isto, porque nomeou a FPA os estagiários João Pontes da Associação de Atletismo de Coimbra e Cecília Mouta da Associação de Atletismo de Braga para este curso da EA e com que critérios de escolha?
Como poderão estes ou outros estagiários ter acesso ao nível NACIONAL ou INTERNACIONAL, se os mesmos nunca efetuaram uma medição oficial em Portuga, fosse ela REGIONAL ou NACIONAL? Que experiência possuem para efetuarem uma qualquer medição sozinhos?
Se foi por serem os melhores, enganaram-se na escolha. Se foi por terem mais acompanhamentos nas medições, enganaram-se novamente na escolha porque, consideramos que o João não fez um único acompanhamento (quando era para o fazer na medição da milha de eiras, o contador Jones ficou inoperacional, tendo somente acompanhado de bicicleta a referida medição sem intervenção prática de cálculos). A Cecilia Mouta fez unicamente um acompanhamento numa medição. Se foram nomeados por mostrarem interesse, os outros 22 que concluíram a formação também o demonstram com toda a certeza.
Ora, sabendo que existem medidores estagiários no mesmo pé de igualdade de conhecimentos práticos ou até talvez mais bem preparados e com mais medições efetuadas que o João ou que a Cecília, em regime prático de acompanhamento nas medições. Porquê esta escolha do João e da Cecília? Que demonstração prática e teórica tiveram a mais que os outros? Quem achou que estavam mais bem preparados?
Porque não deu a FPA informação da realização deste curso da EA a mais nenhum dos restantes 22 medidores estagiários/Associações de Atletismo do País conforme podemos constatar?
Estamos em querer que, todos pagaram a inscrição na formação inicial, todos adquiriram os contadores Jones em regime de pagamentos fracionados (até nesta situação, existe um estagiário da Associação de Atletismo de Coimbra que, pelo interesse que demonstrou também terna área das medições, pagou logo na integra os 300,00€), todos eles estarão em pé de igualdade no que aos conhecimentos diz respeito (alguns um pouco melhor que outros, é verdade) e todos têm o direito de querer participar no referido curso se, as regras que inicialmente foram mencionadas por vós, não se fizerem cumprir. Estarão assim também os restantes aptos a poder fazê-lo.
Como formadores que fomos, não nos recordamos de ter distinguido nenhum estagiário de outro no que respeita à avaliação. Todos tiveram imensas dificuldades. Não mencionámos nunca nenhum nome com melhor ou pior aptidão para o referido curso.
Alguém na FPA têm competências na área e foi capaz de o fazer?
Julgamos que, essa tarefa no mínimo dir-nos-á respeito a nós, quanto mais não seja pelo facto de, termos sido os formadores e de sermos os medidores no ativo com a maior graduação em Portugal.
Não nos recordamos também de ter efetuado nenhum relatório a enviar à FPA ou IPDJ discriminando os objetivos a atingir, o grau de realização dos programas, os recursos utilizados, a avaliação da formação, conteúdos, número de formandos, presenças, apto, não apto, etc., etc.
Temos a noção de que vos damos muitas “dores de cabeça” em alguns assuntos relacionados com as medições e com as verdades desportivas na obtenção de resultados válidos e credíveis, mas, isto acontece porque vocês assim o desejam. A nossa postura foi, é, e será sempre unicamente pautar os nossos serviços pela verdade e somente pela verdade, no que diz respeito às medições. Só assim, poderemos colaborar de uma forma única, verdadeira e homogénea sem diferenciações ou falcatruas, como já tem vindo a acontecer.
Como tal, estando esta situação a manter-se nestes moldes e como temos a certeza que, com esta pouca experiência por parte dos estagiários, será impossível à posteriori realizarem sozinhos medições credíveis em Portugal, e também para que, nos possamos demarcar de responsabilidades quer seja ela por possíveis julgamentos por parte de outros no que diz respeito às ditas nomeações, ou, nos resultados práticos obtidos quando esses ditos medidores iniciarem os seus percursos na área da medição (se é que o irão conseguir fazer nestes moldes), vemo-nos na obrigação de informar todas as Associações de Atletismo, demais Organizadores e Organizações de provas de estrada do país, atletas e população em geral, sobre a forma como estão a ser formados os próximos “supostos medidores”, pois, consideramos que não é exequível fazê-lo nesta área sem a devida experiência prática necessária para oferecerem um trabalho com qualidade, seriedade e rigor. Parece fácil, mas não é…Acreditem que não o vão conseguir fazer.
Continuamos a dizê-lo que, é necessário e urgente formar mais medidores, mas, desta forma NÃO. Reafirmamos novamente, que estaremos inteiramente disponíveis para colaborar INTENSAMENTE na formação destes novos medidores, mas terá que ser de forma igual ou idêntica ao que aconteceu no nosso percurso como MEDIDORES ESTAGIÁRIOS – MEDIDORES REGIONAIS – MEDIDIDORES NACIONAIS – MEDIDORES INTERNACIONAIS.
Afirmamos novamente como já o fizemos anteriormente que, não queremos “ser os donos da quinta” como infelizmente já ouvimos dizer dentro dessa casa, ou que os medidores saem muito caro à Federação Portuguesa de Atletismo (para que todos fiquem esclarecidos, o valor de uma medição para uma meia maratona é de 150,00€ a dividir pelos dois medidores, sendo que, a FPA ainda nos retira 20% desse valor para despesas de secretaria, recebendo cada um de nós a quantia de 70,00€ pelas 8/10h de trabalho, chova ou faça sol, o que dá um valor à hora entre os 5,85€ e os 8,75€. O restante valor espelhado nas faturas é devido à deslocação, portagens e alimentação que adiantamos nós do nosso bolso e só vimos a ser ressarcidos desses valores passados 4 a 5 semanas, apesar dos organizadores já terem efetuado os pagamentos antecipadamente), mas sim, em fazer as coisas bem feitas, com profissionalismo e responsabilidade. Só assim conseguiremos ter novos medidores qualificados. Só assim colaboraremos na formação de novos medidores.
Esperamos com isto que a Federação Portuguesa de Atletismo repense na decisão tomada, compreenda a nossa atitude, para que possa realmente garantir a correta formação de medidores no nosso país como até aqui tem acontecido. O que queremos é, tão somente, o cumprimento do acordo estabelecido aquando da formação para medidores efetuada no dia 04 e 05 de fevereiro de 2023 e não o que está neste momento a acontecer.
Atenciosamente,
Portugal, 08 de setembro de 2023
António Freire João Cândido
O facto de se refletirem num Recibo Verde despesas de combustível, portagens, alimentação e alojamento faz com que a Autoridade Tributária considere que esses valores são lucro, mas na realidade esses valores foram 100% de custos. Essa prática deveria ser alterada.
ResponderEliminarEsse Bernardo que querser presidente da FPA, à custa do VALE TUDO, devia era ser visado pelos associados da FPA , outros orgãos e até a Justiça, tantas são as trafulhices, fraudes e ilegalidades que comete. É um individuo desonesto, sujo, mau carater, que devia arranjar um espelho lá para casa.
ResponderEliminarMais um xulote que vive às custas da Federação e tal como o seu padrinho Vieira, está disposto a tudo para não ter de ir dar aulas para a escola. Afinal tirou o curso de prof de Educ Fisica para quê? Claro que na escola nao lhe permitiriam apresentar faturas em duplicado e usufruir das benesses que ele proprio e o atual presidente decidiram que tivesse. VERGONHOSO. E não há quem enxergue o que se passa? Os atletas que se lixem. Só não se lixa quem der votos para que continuem no poleiro a viver à custa de tudo e de todos. Até dá para sacar para os próprios filhos.
ResponderEliminarNão querem saber dos atletas. É à grande. Só a eles interessa o que auferem mensalmente e as regalias que têm. Amigos e colegas atletas... No campeonato nacional maratona vocês sabiam que pelos vistos as marcas não são válidas? Parece que tem a ver com a distância onde partimos e onde chegamos. É superior ao autorizado. Então porque fazem um campeonato nacional lá?
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